Caminhoneiro parados na 163, em São José do Cedro diz que quer seguir viagem e trabalhar. O comando do movimento afirma que a adesão é voluntária.

Há vários dias o movimento dos caminhoneiros se concentra em São José do Cedro, às margens da BR-163, reforçada com, o apoio de produtores rurais.

Em todo o momento, o comando de greve assegurou a passagem de carros pequenos, ambulâncias, ônibus e ontem também, segundo o comando de greve, foram liberados caminhões de leite entre outras cargas.

Na parte da tarde, a reportagem da Rádio Integração recebeu algumas denúncias de motoristas que afirmaram estar parados de forma involuntária.

Um dos ouvidos, motorista de Criciúma que estava com uma carga de soja sendo levada ao porto de Rio Grande e que preferiu não se identificar, disse ter 46 anos de estradas, ter visto várias greves, várias paralisações, mas que nunca surtiram resultado.

Segundo denunciou, a maioria dos que estão parados nos bloqueios, estão com vontade de seguir viagem e não param voluntariamente, são coagidos e não tem segurança se seguir adiante.

Para ele, o governo já disse que vai melhorar o frete, mas não tem nenhuma esperança de redução do preço do óleo diesel que é outra reivindicação da categoria.

Outro caminhoneiro também ouvido pela reportagem da Rádio Integração diz que está há mais de 20 dias na estrada, viajando desde Brasileia, na divisa com o Peru e seguindo ao Rio Grande do Sul.

Sua intenção assim como vários outros motoristas, pais de família, é chegar em casa, afirmou o motorista que também não quis se identificar.

Reforçou seu desejo de seguir viagem, chegar em casa e lá parar, em apoio à manifestação, mas sabe que, sem o apoio ou escolta da Polícia Rodoviária Federal isso, não será possível.

Ele agradeceu a maneira como foram recebidos nos movimento, com alimentação estrutura, mas seu desejo é viajar, seguir viagem.

Os caminhoneiros destacaram o companheirismo de todos, que, segundo ele, sempre foi assim na estrada, com todos se ajudando, e sempre foram solidários, mas que as paralisações já atingiram o seu objetivo.

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