Dados levantados pelas polícias rodoviárias, que monitoram os protestos, mostram que de segunda-feira para terça-feira o número de trechos com manifestações chegou, pelo menos, a 48.

Um dos pontos de manifestação é o entroncamento das BRs 282 e 163, no trevo de São Miguel do Oeste, onde caminhoneiros estão convidando colegas de profissão para aderirem à paralisação desde a segunda-feira. Também há registros de manifestações em São Lourenço do Oeste, em Maravilha e de maneira mais tímida em Guarujá do Sul e Palma Sola.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de São Miguel do Oeste, ADAIR TEIXEIRA, que apoia a mobilização, desta vez houve consenso para que os caminhoneiros apenas convidassem as pessoas a parar, sem obriga-las, seguindo a recomendação da PRF.

TEIXEIRA frisa que, enquanto representante da classe agrícola houve negociação e decisão pela adesão ao movimento desde que os caminhoneiros não impedissem a passagem de cargas de ração, de leite, de frangos e carnes pelas rodovias da região, a fim de evitar ainda mais prejuízos à classe que, assim como a dos caminhoneiros é penalizada pelas altas de impostos e combustíveis.

"Não vamos pagar de novo essa conta. Passaram a mão nos recursos da Petrobrás e, agora, a classe trabalhadora é que tem que arcar. Penso que não devemos nos calar diante disso por que a alta carga tributária afeta toda sociedade. É inadmissível saber que do valor total do litro de combustível 60% é imposto e só 40% é o valor real do produto. Isso tem que mudar", cobrou o sindicalista.

• Imprimir
• Corrigir
• Enviar por email