A informação é do engenheiro agrônomo, gerente Regional da Epagri e professor da Unoesc, JONAS RAMON.
De acordo com ele, embora a silagem tenha custo oito vezes mais alto que a produção de pastagem, é um importante alimento para complementar a dieta de quem produz a base de pasto.
Mais importante ainda, segundo o engenheiro agrônomo, é para quem trabalha com sistemas compost barn ou free stal, onde os animais ficam confinados.
Ele explica que para a produção de boa silagem é indicado apostar na cobertura de inverno das lavouras, depois escolher as sementes adequadas e fazer o acompanhamento até o ponto de colheita.
JONAS RAMON detalha que o ponto de corte ideal é quando a chamada linha do leite do grão de milho está em apenas um terço do grão, ou seja, com 30 a 35% de umidade.
Outra indicação é cuidar para que o tamanho da partícula tenha entre meio e um centímetro, que o silo seja bem compactado e fechado no mesmo dia.
Caso não seja utilizado inoculante, produto que acelera a fermentação, a recomendação é esperar 30 dias para abrir o silo, pontua o agrônomo.
Conforme JONAS RAMON, a dimensão do silo deve ser proporcional à quantidade tratada para os animais a cada dia, pois se deve tirar de 20 a 30 centímetros de silagem por dia, para não correr o risco de tratar um alimento estragado os bovinos.
Ele salienta que são normais perdas de 10 a 15%, mas para evitar o mofo o segredo é a compactação.
"Silagem boa não tem cheiro ruim, não tem mofo, nem chorume e deve ter PH ácido tal qual o do vinagre e cor clara verde-oliva", descreve.
Entre as vantagens, o engenheiro agrônomo cita a menor dependência das condições climáticas para a produção, a liberação das áreas de terra mais cedo para outras culturas, a mecanização, a otimização da ocupação do espaço, já que é possível colher 600 quilos de silagem por metro cúbico e a mecanização.
Foto: Divulgação
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