Um crime bárbaro foi registrado na linha São Pedro Tobias, Dionísio Cerqueira, divisa com Guarujá do Sul, na manhã de ontem.
As primeiras informações são de que, após uma discussão entre casal, o homem teria matado a companheira e depois atentado contra a própria vida.
A vítima, encontrada dentro de um Gol, próximo a uma cachoeira localizada dentro de uma propriedade privada da comunidade, foi identificada ontem à tarde.
Era CLECI KEHL, de 34 anos, mas ainda será necessária a emissão de um laudo do IGP, Instituto Geral de Perícias.
Ela era colaboradora terceirizada do Poder Judiciário da Comarca de Dionísio Cerqueira e tinha duas filhas. Por isso, ontem ainda a Juíza ANDREIA PARREIRA decretou luto oficial de três dias.
A Rádio Integração obteve, junto ao Samu de Dionísio Cerqueira, a informação de que um homem foi socorrido por volta de 8 horas da manhã de ontem, na via de acesso à comunidade de São Pedro Tobias.
Ele foi encontrado por populares, com cerca de 90% do corpo afetado por queimaduras de primeiro e segundo grau, segundo repassou o Samu.
Naquele momento, o homem apenas relatou que tentou suicídio e indicou a localização do carro incendiado, recebeu os primeiros socorros e foi encaminhado ao hospital de Dionísio Cerqueira e transferido para o hospital regional de São Miguel do Oeste, onde está internado na UTI em estado grave.
A Polícia Militar e Polícia Civil foram acionadas e apuraram que o homem teria matado a esposa e depois ateado fogo no carro. Galões de gasolina foram localizados próximo ao veículo. Dentro dele havia uma ossada carbonizada.
Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica foram até a linha São Pedro Tobias para os levantamentos sobre a ocorrência, cuja investigação está a cargo da Polícia Civil de Dionísio Cerqueira, coordenada pelo delegado CLAUDIR STANG.
Após o levantamento de provas relacionadas ao crime, a investigação segue no sentido de ouvir testemunhas e o próprio acusado para apurar a motivação e as circunstâncias do crime. A autoria ele já teria confessado à polícia.
O delegado disse ao Portal Tri que não havia nenhuma passagem por violência doméstica registrada na Polícia Civil.
A partir das diligências já realizadas, STANG cita que há fortes indícios de que a mulher foi morta na cidade e depois levada até as proximidades da cachoeira, onde ele ateou fogo no próprio corpo, no carro e na vítima, que foram carbonizados.
O caso vem sendo tratado como feminicídio seguido por tentativa de suicídio, com qualificações de motivo cruel, impossibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver.
Foto: Everson Coutinho/Portal Tri/Reprodução Redes Sociais
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