Em tempos de uma onda de insegurança, provocada pelos ataques em escolas, representantes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros em São José do Cedro alertam para o cuidado com o compartilhamento de informações, as chamadas Fake News.

A atenção à temática tem sido levantada em entrevistas para a Rádio Integração e também foi abordada ontem durante a audiência pública que debate melhorias na segurança das escolas de São José do Cedro, na Câmara de Vereadores.

Tanto o comandante da Polícia Militar CLEITON TRECCO, quanto o comandante do Corpo de Bombeiros NEODIR LOHMANN e o delegado de Polícia Civil SANDRO ZANCANARO alertaram sobre os efeitos perigosos da propagação de informações inverídicas, bem como, a responsabilização criminal por conta disso.

É que, apesar de toda angústia, medo e revolta causada pelos episódios, como o recente ataque à escola de Blumenau que vitimou fatalmente quatro crianças e deixou outras feridas, a insegurança de pais, estudantes, especialmente, vêm sendo potencializada pela circulação de falsas notícias de novos ataques.

Assim, como os responsáveis pelas forças de segurança de São José do Cedro, a promotora de Justiça da Comarca, FERNANDA VASCONCELOS, afirmou que não há situações de ameaças reais, constatadas até o momento, em nenhuma das unidades de ensino das três cidades da comarca.

Ainda assim, a partir do compartilhamento de conteúdos, sem confirmação de procedência, o comandante da PM cedrense comentou que várias pessoas têm buscado a instituição com receio de novos ataques.

O delegado, neste sentido, orientou que as pessoas não compartilhem este tipo de informação.

"Mas, atenção, não queremos que as pessoas ignorem essas informações. O que orientamos é que repassem para a polícia para que seja investigado, para que as pessoas possam ser orientadas se é algo real ou não", frisou SANDRO ZANCANARO.

A preocupação é com o efeito contágio das Fake News, que pode acabar encorajando algum infrator a concretizar o ataque, já que há estudos que indicam que esse é um meio de aumento de casos.

Outra orientação dos profissionais de segurança é que os familiares, principalmente os pais conversem com os filhos, monitorem suas atividades, com quem se relacionam.

É que há uma série de Fake News, em relação às ameaças à segurança nas escolas, criadas pelos próprios alunos ou ex-alunos, justamente com a intenção de gerar insegurança, pânico, para ter visibilidade, até brincadeiras de mau gosto para impedir as aulas.

O delegado da comarca de São José do Cedro reiterou, ainda, a responsabilidade dos pais de verificar o que os filhos guardam no quarto, o que acessam no celular ou computador, o que estão carregando na mochila, e de explicar as consequências de suas ações.

No caso de Fake News, como uma identificada esta semana em Palma Sola propagada por um adolescente, que fazia ameaças de ataque em escolas por meio do Instagram, há responsabilização por ato infracional.

A orientação é fazer print da mensagem, bem como de outros dados que identifiquem o agressor e a rede social utilizada para veicular a ameaça e denunciar à polícia pelo 190 ou 181, ou ainda direto nos pelotões da Polícia Militar e delegacias da Polícia Civil.

• Imprimir
• Corrigir
• Enviar por email